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menino tossindo  - Como identificar sintomas da gripe infantil e agir com segurança

Sinais que ajudam a reconhecer a gripe nas crianças

22/10/2025

A gripe infantil costuma começar de forma súbita. Febre alta, calafrios e dor no corpo aparecem juntos, seguidos de tosse seca e mal-estar. Diferente do resfriado, que tende a ser leve e progressivo, a gripe derruba a criança rapidamente e exige atenção dos responsáveis para reconhecer sinais de alarme e decidir quando procurar o pediatra.

A febre é o marcador mais frequente. Em muitos casos, ultrapassa 38 °C nas primeiras 24 horas e pode vir acompanhada de dor de cabeça, olhos mais sensíveis à luz e queda de energia. O comportamento muda: a criança fica abatida, recusa brincadeiras e prefere repouso. Esses indícios, combinados, ajudam a diferenciar a gripe de quadros virais mais simples.

 

Febre, dor e cansaço: o trio que costuma abrir o quadro

Nos primeiros dias, o corpo reage ao vírus com febre intermitente e dor muscular difusa, principalmente em pernas e costas. É comum a criança relatar “cansado”, “tudo dói” ou “fraqueza”. O apetite diminui e o sono fica fragmentado. Analgésicos e antitérmicos prescritos pelo pediatra aliviam o desconforto, mas o foco deve permanecer na hidratação adequada e no descanso.

A dor de garganta pode aparecer antes da tosse. A mucosa irritada causa ardor ao engolir e voz mais rouca. Em algumas crianças, o nariz começa livre e congestiona ao longo do dia, com coriza clara que pode se tornar mais espessa. Mesmo quando a coriza muda de aspecto, isso não indica, por si só, infecção bacteriana.

 

Tosse e sintomas respiratórios: atenção ao padrão

A tosse da gripe infantil tende a ser seca no início e mais produtiva conforme os dias avançam. Sinais de alerta incluem respiração acelerada, uso de musculatura entre as costelas para puxar ar, ruídos audíveis à distância e coloração arroxeada nos lábios. Nessas situações, a procura imediata por avaliação médica é a conduta mais segura.

Reconhecer o padrão da tosse e observar a respiração da criança ajudam os pais a decidir quando agir rapidamente”, orienta Mariana Ribeiro, coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais da Escola Moura Jardim, de São Paulo (SP). “A informação correta reduz a ansiedade e orienta cuidados simples que fazem diferença na recuperação.”

Bebês e crianças pequenas podem apresentar vômitos e diarreia junto do quadro respiratório. Isso aumenta o risco de desidratação, especialmente se a febre estiver alta. Sinais como pouca urina, boca seca e choro sem lágrimas devem acender o alerta.

 

Sintomas que diferenciam gripe de resfriado

O resfriado inicia devagar, com espirros, coriza leve e, muitas vezes, sem febre alta. A criança brinca entre os episódios de incômodo e mantém parte da rotina. Na gripe infantil, o impacto funcional é maior: cansaço evidente, dor no corpo e febre marcada logo no começo. Outro ponto de diferença é a duração. Enquanto um resfriado melhora em poucos dias, a gripe pode manter febre por dois ou três dias e deixar tosse e cansaço por até uma semana.

Dor nos olhos, calafrios e sensibilidade à luz são pistas úteis. Quando aparecem juntos, reforçam a hipótese de gripe. Já a perda de olfato e paladar, tão comentada em outros contextos virais, não é típica da gripe, embora congestão intensa possa reduzir temporariamente o olfato.

 

Quando procurar o pediatra sem demora

Idade menor que dois anos, doenças crônicas, histórico de prematuridade, asma e cardiopatias aumentam o risco de complicações. Nesses grupos, a avaliação precoce é sempre indicada. Para qualquer criança, a orientação é buscar o pediatra se a febre ultrapassar 39 °C e não ceder com medicação, se houver dificuldade para respirar, sonolência fora do habitual, dor no peito, recusa persistente de líquidos ou sinais de desidratação.

Em situações selecionadas e nas primeiras 48 horas, o médico pode considerar antiviral específico. A decisão depende de fatores clínicos e do tempo de evolução. Automedicação não é segura, especialmente com antitussígenos e descongestionantes, que têm restrições por faixa etária.

Pais atentos ao comportamento e à hidratação conseguem perceber cedo quando algo não vai bem”, reforça Mariana Ribeiro. “Relatar ao pediatra início dos sintomas, padrão da febre e ingestão de líquidos ajuda muito na condução do caso”, complementa a coordenadora.

 

Cuidados em casa que fazem diferença

Repouso, líquidos em pequena quantidade e com frequência, e ambiente arejado sustentam a recuperação. A hidratação pode incluir água, água de coco, caldos leves e frutas ricas em água. Em congestão nasal, o soro fisiológico aplicado várias vezes ao dia fluidifica secreções e melhora o conforto. Umidificação indireta do ambiente, sem excesso, reduz irritação das vias aéreas.

Para dor de garganta, bebidas mornas e alimentos macios diminuem o desconforto. Compressas mornas podem aliviar dores musculares. Controlar a febre com medicação indicada pelo pediatra melhora bem-estar e ajuda o descanso, mas não substitui a observação constante de sinais respiratórios.

Evitar exposição à fumaça e poeira é essencial. Compartilhamento de copos, talheres e toalhas aumenta a transmissão e deve ser evitado. Em períodos de maior circulação viral, manter janelas abertas e ensinar etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, preferencialmente com o antebraço) contribui para proteger irmãos e colegas.

 

Evolução esperada e sinais de complicação

A melhora costuma aparecer a partir do terceiro ou quarto dia, quando a febre reduz e o apetite retorna aos poucos. A tosse pode persistir por mais dias, mas tende a perder intensidade. Se a febre reaparecer após um período de melhora, se a tosse ficar progressivamente mais “pesada” ou se houver dor torácica, é necessário reavaliar. Pneumonia, sinusite e otite são complicações possíveis e merecem diagnóstico precoce.

Crianças com pele muito pálida, batimento de asas nasais ao respirar, dor intensa no ouvido, vômitos persistentes ou prostração devem ser examinadas sem atraso. Em bebês, a recusa de mamadas e a diminuição importante de fraldas molhadas são sinais objetivos para decisão rápida.

 

Prevenção no dia a dia

Higienização das mãos, etiqueta respiratória e ambientes ventilados reduzem a circulação do vírus. Ensinar a criança a não levar as mãos aos olhos, nariz e boca e a lavar as mãos após espirrar ou assoar é medida simples com grande impacto. Em casa e na escola, limpeza regular de superfícies de uso comum e orientação para não compartilhar objetos pessoais complementam os cuidados.

Alimentação variada, sono suficiente e rotina organizada fortalecem o organismo. Mesmo com bons hábitos, surtos acontecem. Nesses momentos, manter crianças doentes em casa ajuda a proteger colegas e acelera a recuperação, já que o descanso é parte do tratamento.

Para saber mais sobre gripe, visite https://www.tuasaude.com/remedio-paragripe-infantil/ e
https://www.pastoraldacrianca.org.br/crianca/2523-gripe-a

 


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