Image de fundo Blor Home
pai e filho escovan

Cuidados simples para manter a saúde bucal infantil

25/08/2025

A infância é a fase em que se estabelecem os principais hábitos de higiene que acompanharão a vida adulta. A saúde bucal das crianças, muitas vezes negligenciada no dia a dia escolar, precisa de atenção especial para prevenir problemas como cáries, gengivites e até dificuldades de fala ou mastigação. Como as crianças passam boa parte do tempo na escola, esse espaço também deve ser visto como aliado na construção de uma rotina de cuidados.

Os dentes de leite, embora temporários, exercem funções fundamentais. Eles mantêm o espaço adequado para a erupção dos dentes permanentes, auxiliam no desenvolvimento da fala e permitem uma mastigação correta. Quando ocorre a perda precoce desses dentes, a criança pode ter problemas tanto funcionais quanto emocionais, já que mastigar se torna mais difícil e a autoestima pode ser afetada.

A higiene bucal deve começar com o surgimento do primeiro dente, geralmente por volta dos seis meses de idade. Nessa fase, a escovação deve ser feita com escovas de cerdas macias e pequenas quantidades de creme dental com flúor. Aos poucos, o fio dental precisa ser introduzido quando os dentes começarem a se tocar. A supervisão dos pais é essencial até que a criança tenha autonomia suficiente para escovar corretamente, o que normalmente acontece em torno dos sete ou oito anos.

Hábitos de higiene que fazem diferença

Na rotina escolar, manter a saúde bucal exige organização e disciplina. O ideal é que a criança leve na mochila um kit de higiene, com escova, creme dental e fio dental, para usar após o almoço. O incentivo dos pais e a conscientização dentro do ambiente escolar são decisivos para que a prática se torne parte natural do dia a dia.

Além da escovação, é fundamental educar sobre os riscos do consumo exagerado de doces, refrigerantes e alimentos ultraprocessados. Esses produtos aumentam a acidez na boca e favorecem a formação de cáries. “A prevenção é a melhor forma de garantir a saúde bucal, e isso depende tanto da orientação dos pais quanto do incentivo na escola”, afirma Katia Jardim, diretora da Escola Moura Jardim, de São Paulo.

Outro ponto importante é ensinar a criança a escovar com calma, alcançando todas as superfícies dos dentes. Muitas vezes, a pressa ou a falta de técnica comprometem o resultado, mesmo quando há frequência. Transformar a escovação em um momento lúdico, com músicas ou jogos, pode ajudar os pequenos a se dedicarem mais à tarefa.

A saúde bucal e o desempenho escolar

Problemas odontológicos não afetam apenas a boca. Estudos apontam que crianças com dor de dente frequente apresentam queda de rendimento escolar, dificuldade de concentração e até faltas recorrentes. O desconforto pode comprometer o aprendizado e prejudicar a socialização com os colegas.

Cáries não tratadas também podem evoluir para infecções que exigem intervenções mais complexas, como extrações ou tratamentos de canal, mesmo em dentes de leite. Isso mostra como a prevenção é mais simples e menos traumática do que o tratamento. Além da dor física, a aparência dos dentes também influencia na confiança e na forma como a criança interage socialmente.

Nesse sentido, a saúde bucal deve ser entendida como parte do bem-estar integral. Não se trata apenas de evitar cáries, mas de assegurar condições adequadas para que a criança cresça saudável e confiante. “Os cuidados com a boca impactam diretamente a autoestima e a qualidade de vida da criança”, ressalta Katia Jardim.

Prevenção é fundamental

Para manter a saúde bucal das crianças, a combinação de bons hábitos em casa e práticas na escola é fundamental. O acompanhamento odontológico regular, pelo menos duas vezes ao ano, garante o diagnóstico precoce de problemas e reforça a educação preventiva. Consultas frequentes também oferecem às famílias a oportunidade de receber orientações personalizadas para cada fase da infância.

O papel dos pais, entretanto, é insubstituível. A criança aprende pelo exemplo: se vê os adultos cuidando dos próprios dentes, tende a repetir o comportamento. O diálogo aberto sobre a importância da escovação, a supervisão das práticas e o incentivo à alimentação saudável completam esse processo.

Alimentos como frutas, vegetais e queijos ajudam a fortalecer os dentes e a neutralizar os ácidos da boca. Já o consumo frequente de balas, biscoitos recheados e refrigerantes deve ser controlado, especialmente nos intervalos das refeições. A escola, nesse ponto, pode colaborar ao oferecer opções mais nutritivas e ao conscientizar os alunos sobre escolhas equilibradas.

A saúde bucal infantil não é apenas uma questão estética; ela influencia o bem-estar, o desempenho escolar e a confiança das crianças. A formação de hábitos desde cedo, aliada ao apoio da família e ao incentivo escolar, cria bases sólidas para um futuro com menos problemas odontológicos e mais qualidade de vida. Escovar os dentes após as refeições, limitar o consumo de açúcares, visitar o dentista regularmente e ensinar a importância desses cuidados são atitudes simples, mas que fazem toda a diferença.

Para saber mais sobre saúde bucal, visite https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-crianca/primeira-infancia/saude-bucal e https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/saude-bucal-cuidado-com-os-dentes-e-fundamental


Voltar

COMPARTILHE:

A tecnologia chegou para transformar a educação, proporcionando novas formas de aprendizado, comunicação e interação. Ao adotar novas ferramentas digitais, os educadores têm a chance de preparar os alunos para os desafios do futuro, tornando o aprendizado mais acessível, personalizado e envolvente.

Siga-nos

Newsletter