21/05/2025
Crianças da geração Alpha nasceram em um mundo onde a internet já estava presente em todos os aspectos do cotidiano. Para elas, fazer uma pesquisa no celular, assistir a vídeos online e interagir por meio de jogos e redes sociais é algo natural. Esse convívio precoce com a tecnologia molda não apenas o comportamento, mas também a forma como aprendem, se comunicam e constroem suas relações.
Ao mesmo tempo em que demonstram agilidade para lidar com novas ferramentas e têm uma curiosidade intensa, muitos apresentam dificuldade de concentração, impaciência diante de tarefas mais longas e até mesmo resistência à frustração. “Compreender essa realidade é essencial para adaptar os métodos de ensino e promover um desenvolvimento mais equilibrado”, comenta Katia Jardim, diretora da Escola Moura Jardim, de São Paulo (SP).
Um dos principais desafios para quem educa essa geração está em encontrar um ponto de equilíbrio entre o ambiente digital e as experiências no mundo físico. A rotina online oferece praticidade e estímulo constante, mas também pode gerar excesso de distrações e impactar a qualidade das interações pessoais. Por isso, é importante propor atividades que favoreçam o convívio, o diálogo e o aprendizado pela experiência direta.
Outro ponto essencial é o desenvolvimento do pensamento crítico. A geração Alpha acessa muitas informações, mas precisa ser incentivada a refletir sobre o que consome, formular perguntas e buscar diferentes perspectivas. Isso contribui para uma formação mais sólida, que ultrapassa o simples uso da tecnologia.
A diversidade também é vista de forma natural por esses jovens, que crescem em lares com novas configurações e em uma sociedade cada vez mais plural. Eles não seguem padrões rígidos de comportamento e, muitas vezes, expressam opiniões com segurança desde cedo. Essa característica, embora positiva, pode ser um desafio para adultos acostumados a modelos mais tradicionais de autoridade e ensino.
Estimular a inteligência emocional é outro cuidado importante. A convivência com tecnologias que oferecem respostas imediatas pode dificultar o desenvolvimento da paciência e da empatia. Atividades em grupo, debates, jogos cooperativos e o próprio exemplo dos adultos são ferramentas valiosas para ajudar na construção dessas competências.
Diante de tantas mudanças, o papel da escola e da família é caminhar juntos, com escuta ativa, flexibilidade e firmeza. Educar a geração Alpha é, antes de tudo, um exercício de adaptação constante — e de conexão verdadeira, que vai além do Wi-Fi.
Para saber mais sobre a geração alpha, visite https://www.meioemensagem.com.br/proxxima/geracao-alpha e https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/familia/desenvolvimento-infantil/geracao-alpha-caracteristicas