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 Saúde mental dos alunos depende também do olhar dos professores

O impacto do apoio docente na saúde emocional

30/05/2025

Alterações bruscas de humor, isolamento, queda no rendimento escolar ou reações emocionais intensas. Esses comportamentos, muitas vezes interpretados apenas como "fases", podem indicar algo mais profundo: sinais de sofrimento psíquico. Professores atentos e bem-preparados têm papel fundamental na identificação desses sinais e na oferta de suporte inicial aos estudantes.

A saúde mental, definida como o equilíbrio emocional e psicológico necessário para lidar com os desafios do cotidiano, é cada vez mais reconhecida como um fator essencial no ambiente escolar. No Ensino Fundamental – especialmente nos anos finais –, questões como ansiedade, estresse e baixa autoestima surgem com frequência, influenciando diretamente a aprendizagem e o convívio social.

Quando o aluno se sente seguro e acolhido em sala de aula, ele tem mais abertura para compartilhar seus sentimentos e enfrentar suas dificuldades emocionais”, destaca Marília Lima, coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais da Escola Moura Jardim, de São Paulo (SP). Esse acolhimento começa com gestos simples, como escutar sem julgamento e manter uma postura respeitosa diante das queixas dos estudantes.

A escuta ativa é uma das ferramentas mais eficazes que os professores podem adotar no dia a dia. Além de ouvir com atenção, é importante validar o sentimento do aluno e demonstrar disponibilidade para ajudá-lo a buscar apoio. Quando necessário, o encaminhamento para profissionais especializados, como psicólogos ou orientadores, deve ser feito com sensibilidade e sigilo, sem expor o estudante.

Reconhecer que cada aluno vive uma realidade diferente é parte importante desse processo. Professores que respeitam os limites individuais e que flexibilizam práticas pedagógicas diante de quadros emocionais delicados contribuem para o fortalecimento da autoestima e da confiança dos jovens. Em muitos casos, o simples fato de um adulto demonstrar cuidado já representa um alívio para o estudante.

Outro ponto importante é a comunicação constante com a família. Quando há abertura entre escola e responsáveis, os cuidados se estendem além dos muros escolares e se tornam mais eficazes. A troca de informações sobre o comportamento do aluno em diferentes ambientes ajuda a construir uma compreensão mais ampla da situação e favorece intervenções mais acertadas.

A atuação dos professores na promoção da saúde mental não exige que eles assumam o papel de psicólogos, mas sim que saibam reconhecer os sinais, acolher os estudantes e colaborar com a rede de apoio. Investir nessa preparação não é apenas uma questão de empatia, mas também de responsabilidade coletiva. A escola, ao se comprometer com o bem-estar emocional dos seus alunos, cria condições mais saudáveis para o desenvolvimento pleno de cada indivíduo.

Para saber mais sobre saúde mental, acesse https://www.saudementalnaescola.com/ e https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/saude-mental-nas-escolas-como-os-professores-podem-ajudar-seus-alunos

 


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