23/05/2025
A criança hiperativa costuma demonstrar energia em excesso, inquietação motora e dificuldade para manter o foco. Em casa, na escola ou em momentos de lazer, esse comportamento pode gerar preocupação para pais e educadores. Entender que a hiperatividade é um transtorno de neurodesenvolvimento, e não apenas uma questão de comportamento, é o primeiro passo para oferecer o suporte adequado.
Os sinais vão além da agitação: a criança pode falar demais, interromper constantemente, ter explosões emocionais e demonstrar frustração com facilidade. O rendimento escolar também pode ser prejudicado, já que a atenção oscilante compromete a aprendizagem. A presença desses sintomas em diferentes ambientes — e de forma persistente — pode indicar a necessidade de uma avaliação especializada.
“O acolhimento é essencial. A criança hiperativa não precisa de mais broncas, e sim de orientação firme, afetuosa e constante”, orienta Katia Jardim, diretora da Escola Moura Jardim, de São Paulo (SP). “A participação da família e da escola, junto ao acompanhamento clínico, faz toda a diferença na evolução da criança”, complementa.
O tratamento da hiperatividade envolve o olhar atento de médicos, psicólogos e, em alguns casos, terapeutas ocupacionais e neuropediatras. A terapia comportamental é uma das abordagens mais indicadas, pois ensina a criança a lidar com seus impulsos, criar estratégias de organização e desenvolver o autocontrole. Dependendo do quadro, o uso de medicamentos pode ser considerado, sempre com prescrição e acompanhamento médico.
A rotina estruturada é um recurso valioso. Saber o que esperar ao longo do dia traz segurança e reduz a ansiedade. Horários fixos para acordar, estudar, brincar e dormir ajudam a organizar o tempo e diminuem episódios de agitação. Também é importante dividir grandes tarefas em etapas menores e reforçar cada conquista com elogios sinceros.
Em casa, os pais podem incentivar atividades que estimulem a concentração, como jogos de memória, quebra-cabeças e leitura. O contato com a natureza e com animais de estimação costuma ajudar a acalmar a mente. Técnicas de respiração e relaxamento, principalmente antes de dormir, também favorecem o equilíbrio emocional e a qualidade do sono — que, em muitos casos, é prejudicada pela agitação noturna.
É fundamental lembrar que cada criança é única e que a hiperatividade não define quem ela é. Com apoio adequado, paciência e estratégias consistentes, é possível transformar os desafios em caminhos de desenvolvimento. A escuta atenta, o envolvimento familiar e o respeito ao tempo de cada criança são peças-chave para que ela se sinta valorizada e capaz.
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