12/05/2025
Quando uma criança brinca, ela não está apenas se divertindo. Está aprendendo a lidar com o mundo ao seu redor, desenvolvendo habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais. Desde empilhar blocos até correr no quintal ou inventar histórias com bonecos, todas essas ações estimulam o cérebro e fortalecem a construção da identidade infantil.
Brincadeiras como faz de conta ajudam a desenvolver a imaginação e a empatia. Ao assumir diferentes papéis e criar enredos, as crianças aprendem a se colocar no lugar do outro, a negociar regras e a lidar com frustrações. Atividades com tintas, areia ou massinha trabalham a coordenação motora e incentivam a curiosidade. Já os jogos ao ar livre favorecem a saúde física e a conexão com a natureza.
No ambiente escolar, o brincar tem papel estruturante no processo de aprendizagem. Ao interagir com colegas durante as brincadeiras, a criança desenvolve habilidades sociais importantes, como cooperação, escuta e respeito às regras. “O brincar é parte essencial do desenvolvimento infantil, pois permite à criança explorar sentimentos, criar soluções e se relacionar com o mundo de maneira ativa”, destaca Katia Jardim, diretora da Escola Moura Jardim, de São Paulo.
Além dos ganhos pedagógicos e emocionais, o brincar é também uma forma de expressão. Crianças pequenas, que ainda não dominam completamente a linguagem verbal, usam o corpo, os objetos e a imaginação para comunicar ideias, emoções e necessidades. Quando observamos essas manifestações com atenção, conseguimos entender mais sobre o que elas pensam e sentem.
A presença dos adultos nas brincadeiras é um elemento enriquecedor. Quando os pais se envolvem nos jogos dos filhos, criam vínculos mais fortes e demonstram que valorizam o universo da criança. Além disso, a participação ativa dos adultos pode ajudar a ampliar o repertório de brincadeiras e a estimular conversas sobre emoções e comportamentos.
Em tempos de tecnologia abundante, é importante equilibrar o tempo dedicado a telas com experiências mais livres e sensoriais. Aplicativos educativos podem ser ferramentas úteis, mas não substituem o valor da brincadeira espontânea. A diversidade de experiências – do brinquedo simples à interação com a natureza – é que garante um desenvolvimento completo.
Criar condições para o brincar exige tempo, paciência e espaços adequados, mas os benefícios são claros. Uma criança que brinca com frequência tende a ter mais criatividade, segurança emocional e facilidade de aprendizado. Por isso, permitir e incentivar esse tempo livre, dentro ou fora de casa, é também um gesto de cuidado e educação.
Para saber mais sobre a importância de brincar na educação infantil, acesse https://www.primeirainfanciaempauta.org.br/a-crianca-e-a-aprendizagem-a-importancia-do-brincar.html e https://educador.brasilescola.uol.com.br/comportamento/a-importancia-brincar.htm