25/04/2025
Manter garrafinhas viradas para baixo, limpar calhas com frequência e esvaziar recipientes que acumulam água parada são ações simples que ajudam a combater a dengue. Mas para que essas atitudes se tornem parte da rotina das famílias, a conscientização precisa começar cedo — e a escola é um dos melhores espaços para isso.
Quando as crianças entendem o ciclo do Aedes aegypti e como o mosquito se prolifera, elas se tornam multiplicadoras da informação dentro de casa. O aprendizado não se limita à teoria. Atividades práticas, como mutirões de limpeza e observação de possíveis criadouros nos arredores da escola, ajudam a fixar o conteúdo e incentivam o protagonismo infantil na prevenção da doença.
Além do conhecimento, é essencial despertar nas crianças o senso de responsabilidade coletiva. Katia Jardim, diretora da Escola Moura Jardim, de São Paulo, reforça esse ponto. “Quando os alunos se sentem parte da solução, passam a agir com mais autonomia e engajamento. Isso torna a prevenção muito mais eficaz”, afirma.
Durante o período letivo, as escolas podem promover rodas de conversa sobre os sintomas da dengue, destacar os sinais de alerta e orientar os estudantes sobre como agir diante de um caso suspeito na família. O objetivo é que eles saibam reconhecer febre alta, dores musculares, manchas vermelhas e sinais de desidratação, e que compartilhem essas informações com seus responsáveis.
O apoio dos pais é indispensável. Quando a escola e a família caminham juntas, o impacto das campanhas de prevenção é maior. As crianças podem levar para casa lembretes importantes, como verificar caixas d’água, tampar baldes e não deixar pratinhos de vasos acumularem água. E os adultos, ao se sentirem envolvidos, tendem a adotar esses cuidados com mais frequência.
Outra estratégia eficaz é envolver os alunos em atividades interativas, como a criação de cartazes, peças teatrais e músicas educativas. Essas produções ajudam a fixar o conteúdo de forma lúdica e ainda despertam a criatividade. Visitas de profissionais da saúde também são bem-vindas, pois aproximam os estudantes da realidade e ampliam a compreensão sobre a importância da prevenção.
Em tempos de alta nos casos, as escolas podem contribuir com ações externas, levando os alunos a conscientizar a comunidade. Passeios educativos, distribuição de folhetos e campanhas em redes sociais tornam o combate à dengue um movimento coletivo, que ultrapassa os muros da escola.
A prevenção passa também por manter a escola livre de focos do mosquito. Vistorias regulares nos pátios, caixas de areia, bebedouros e plantas são fundamentais para garantir um ambiente seguro. Tudo isso mostra, na prática, que a responsabilidade com a saúde pública é uma tarefa de todos — e que começa com atitudes simples no dia a dia.
Para saber mais sobre a dengue, visite https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/dengue-em-criancas-saiba-como-identificar-a-doenca e https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/02/08/dengue-em-criancas-saiba-quais-sao-os-sintomas-os-sinais-de-alerta-e-como-deve-ser-o-tratamento.ghtml